No versículo acima, há uma aparente incompreensão por parte de Jesus. Ele procura figos numa figueira. Até aqui nada de errado. O problema é que não era tempo de figos e na figueira, que respeitava as estações, havia somente folhas. Por não oferecer figos fora da estação, Jesus amaldiçoa a figueira. Estranho... Será que o Senhor não conhecia as estações? Pouco provável. A resposta à aparente incompreensão do Mestre se dá quando aplicamos a cena da figueira à nossa vida.
Podemos entender esta atitude de Jesus como uma espécie de referência das pretensões de Deus a nosso respeito. Nós somos as figueiras e o Mestre quer ver em nós os frutos de nossa vida. O que temos a oferecer? O que você oferece ao seu Senhor? Folhas ou frutos? E o que são as folhas, senão a nossa religiosidade: “mensalmente, vou à igreja”, “dou meu dízimo”, “sou aluno da Escola Dominical”. Folhas... apenas folhas. O Senhor espera de nós algo muito além das folhas. Ele espera ver os frutos em nossa vida. Frutos a todo tempo e não apenas em um determinado período de nossa existência. E o fruto por excelência é o amor, é o que nos atesta 1 Coríntios 13.13.
A todo tempo, em toda época, em toda estação, o amor deve ser em nossa vida como o fruto numa árvore, aguardando alguém que dele desfrute. Não é bom testemunho alguém se achegar a nós e, em não encontrando o fruto do amor, ouvir como resposta de nossa parte: “Não é época de amor...”. Esta foi a lição que Jesus Cristo nos deu ao amaldiçoar aquela figueira. Eis a resposta à aparente incompreensão de Jesus.
Assim, que se vejam em nós menos folhas e mais frutos! A Ele, pois, toda a glória!
Rev. Roberto Mauro de S. Castro
Fonte: http://catedralonline.com.br/mensagens/devocionais/item/1001-menos-folhas-e-mais-frutos